quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aborto é uma questão de saúde pública, afirma Temporão O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu que o Sistema Único de Saúde (SUS) esteja preparado para atender mulheres que sofram abortos provocados ou espontâneos. No lançamento do programa de governo para a área de saúde da candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, ele afirmou que o governo também deve estar empenhado em proporcionar o acesso a métodos anticoncepcionais para a população. "A questão central é garantir a todos os casais o acesso a meios anticoncepcionais para que as famílias possam decidir quando querem ter filhos e em que quantidade, com o objetivo de evitar uma gravidez indesejada", disse. "O SUS tem que estar preparado para acolher e atender adequadamente as mulheres que, por aborto espontâneo ou provocado, necessitem de atendimento médico. Não vamos abrir mão disso e ninguém abre mão de que essa é uma questão de saúde pública." O ministro já teve diversos atritos públicos com grupos da Igreja Católica devido a suas opiniões mais liberais em relação ao aborto. No entanto, no programa de Dilma, lançado hoje, não há menção a interrupções na gravidez. "Essa questão nunca esteve explicitamente colocada. A questão de direitos sexuais e reprodutivos é muito mais ampla", afirmou. Temporão também disse que o ministério pretende levar adiante a implantação de máquinas para a distribuição de preservativos nas escolas, apesar da resistência de movimentos religiosos. "Vamos bancar esse projeto porque ele se insere dentro de uma visão laica de Estado e dentro de uma visão de Direito consagrada em várias conferências internacionais", afirmou. "É importante que as meninas e meninos tenham uma educação que permita prevenir doenças sexualmente transmissíveis e garanta o acesso a métodos anticoncepcionais."

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